Em 19 de setembro de 1989, o voo 772 da UTA partiu de Brazzaville, capital da República do Congo, com destino a Paris, capital da França. Com 156 passageiros e 14 tripulantes a bordo, o avião decolou no horário previsto e voou por cerca de duas horas sem problemas. Entretanto, quando sobrevoava o deserto do Saara, uma bomba explodiu, causando a tragédia.

Inimigos da França foram considerados responsáveis pelo ataque. O líder Líbio Muammar Gaddafi foi apontado como o mandante por muitos anos, embora isso não tenha sido oficialmente confirmado. Em 1999, seis indivíduos foram condenados pelo crime em um julgamento realizado na França.

Atualmente, o local do acidente do voo 772 da UTA já se transformou em um memorial para as vítimas. A equipe do site da BBC visitou o local em 2021 e relatou o estado emocionante da região. Ainda podem ser vistos destroços do avião, roupas dos passageiros, pertences pessoais, além das esculturas que foram erguidas em homenagem aos falecidos.

Não é fácil imaginar o sofrimento dos familiares e amigos das 170 pessoas que perderam a vida nessa tragédia. Porém, é possível conhecer histórias de superação e sobrevivência de alguns dos passageiros. Alguns conseguiram sobreviver à queda do avião, mas morreram de sede ou fome no deserto. Outros, por sorte ou destino, conseguiram chegar a uma cidade próxima e escapar da morte.

O acidente do voo 772 da UTA é um momento triste na história mundial da aviação. No entanto, o local do acidente funciona como uma forma de manter viva a memória dos passageiros e tripulantes falecidos. Ainda hoje, é possível olhar para os escombros e sentir tristeza, mas também uma sensação de admiração pela coragem de quem lutou pela sobrevivência.